Abenah

Nota de Repúdio

Prezados Associados da ABENAH e Comunidade em geral,

É com grande preocupação que a ABENAH se dirige a todos vocês para abordar uma questão que afeta diretamente a integridade e respeito pela diversidade de práticas na área da Medicina Tradicional Chinesa e, em particular, na auriculoterapia.

Recentemente, temos testemunhado uma campanha difamatória nas redes sociais por parte de um profissional de outra categoria, infelizmente acompanhado de colegas enfermeiros, que busca desacreditar a auriculoterapia chinesa em favor da “auriculoterapia francesa”. Embora a diversidade de abordagens terapêuticas seja enriquecedora e incentivada, é inaceitável que alguém recorra à desinformação e à denigração de práticas legítimas para promover seus próprios interesses.

É dever da ABENAH zelar pela ética, integridade e respeito mútuo entre os profissionais de saúde. A auriculoterapia chinesa, com suas raízes profundas e históricas, é uma prática respeitada e reconhecida globalmente. Nossa associação é uma defensora fervorosa do intercâmbio de conhecimentos e do aprendizado contínuo, mas não podemos permitir que táticas questionáveis desvirtuem a verdadeira essência do trabalho com as Praticas Integrativas em Saúde.

Alegações infundadas e desqualificações injustificadas em relação à auriculoterapia chinesa não apenas desrespeitam os profissionais dedicados a essa arte, mas também prejudica o acesso dos pacientes a terapia que mais condiz com as suas necessidades e  direito a livre escolha da sua terapêutica.

A auriculoterapia chinesa possui uma base científica sólida, com estudos desenvolvidos em várias partes do globo. Essa convergência entre a sabedoria ancestral e a validação científica destaca a relevância e eficácia da auriculoterapia como uma modalidade terapêutica respeitável, capaz de integrar-se harmoniosamente ao contexto contemporâneo da prática clínica.

Incentivada nacionalmente pelo Ministério da Saúde por meio da PNPIC (Politica Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde) com ampla oferta no SUS (Sistema Único de Saúde) e internacionalmente reconhecida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) desde 1990 como uma importante técnica para promoção e manutenção da saúde no tratamento de diversas doenças.

Como profissionais que atuamos com Práticas Integrativas em Saúde, devemos unir forças para promover a excelência e a colaboração, em vez de permitir que a competição seja alimentada por desinformação.

Instamos a todos os associados a se manterem informados, a questionarem fontes duvidosas e a defenderem com orgulho as práticas que escolheram adotar. Em um ambiente onde a troca de conhecimentos é valorizada, é vital que continuemos a celebrar as diversas abordagens terapêuticas, sem depreciar o legado ou a eficácia de qualquer uma delas.

Como sempre, estamos abertos ao diálogo construtivo e à colaboração para o avanço contínuo de nossa profissão. Juntos, podemos manter a integridade de nossa comunidade e garantir que os mais altos padrões éticos prevaleçam.

Atenciosamente,

Um comentário

  1. Leticia Santos

    Manifesto meu total apoio à nota de repúdio emitida e parabenizo a Associação pelo comprometimento, ética e respaldo aos profissionais que se sentem atacados pelo tema em questão. É fundamental valorizar a integridade e o bem-estar daqueles que dedicam suas vidas a contribuir positivamente para a sociedade

  2. Ana Cristina de Sá

    Num momento em que uma determinada categoria profissional volta a forçar a hegemonia em relação à acupuntura e que temos que nos unir em torno da defesa desta prática milenar como um saber universal e não exclusivo, chega a ser uma palhaçada dividir os acupunturistas por uma questão puramente egóica, política (o que é da China é do lado x e não do y, por exemplo) ou conceitual. Um ato desses, a meu ver, configura em estratégia para realmente nos desunir/rachar ou falta de sensibilidade total ao momento delicado que estamos e que necessitamos defender a ACUPUNTURA e não esta ou aquela “preferência”. Repúdio total. Profa. Dra. Ana Cristina de Sá, membro da Comissão Nacional de PICS do COFEN.

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